quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A gatinha que rosna


Tenho cá uma gatinha Tareca que volta e meia se esquece que é gata e... rosna.
Hoje ouvi-a mais uma vez rosnar e estabeleci um padrão: ela rosna quando algum gato aparece no nosso pátio.
Provavelmente é uma demonstração de territorialidade, mas é também um aviso ao dono e amigo - “está um gato estranho no pátio” !
A gatinha manifesta-se de várias formas, ora miando, ora gritando, ora rosnando.
Hoje já rosnou duas vezes – a gataria anda-me a rondar a porta provavelmente por causa do cheirinho do guisado de frango que está a apurar, que aliás também deixa a Tareca meio inebriada, principalmente porque sabe que decerto lhe calhará qualquer coisita em sorte.

Chiça, não exageremos

A subida de 0,3% da economia será sem dúvida um bom sinal, mas não é fundamento para conferências de imprensa primo-ministeriais com orgasmos múltiplos devido à “retoma” da economia.
Est modus in rebus.
O excesso de parolice também cansa.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Chefes & índios

Crónica de Manuel António Pina no JN, que se transcreve com a devida vénia (e um agradecimento ao Joshua - Palavrosaurus Rex - pelo link):

Não é nada que surpreenda no processo orwelliano que vem, a vários títulos, sendo a reforma da Administração Pública: soube-se ontem que, para o Governo e para a Reforma, todos os funcionários públicos são iguais mas uns são mais iguais que outros.
Assim, os funcionários (4 500, contas por baixo) que enxameiam os ministérios por nomeação política estão, ao contrário dos que chegaram aos cargos por mérito demonstrado em concurso público, isentos de avaliação de desempenho e podem progredir na carreira e no salário pelo ominoso método tantas vezes desancado pelo actual Governo: a idade e o tempo de serviço, isto é, basta-lhes deixar passar o tempo e envelhecer atrás das secretárias para serem promovidos. Segundo a Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), o Governo visa, desse modo, "premiar" as responsabilidades de chefia. Daí se concluirá que, sendo a não avaliação um "prémio" aos chefes nomeados politicamente, a avaliação é o "castigo" para os índios sem cartão partidário. E que, excepção atrás de excepção, a famosa reforma da Administração Pública se tornou uma coboiada.

domingo, 2 de agosto de 2009

Frases execráveis

Bom, isto é assim...
Eu volto a repetir.
Mudança de paradigma.
Isto é de uma importância fundamental.
Vocês há-dem ver que...
Do meu ponto de vista...
Empate técnico.
Governabilidade.
Partidos do “arco de governo”.
Partidos do “arco constitucional”.
A crise que a todos afecta... (há uns que dizem “a crise que a todos nos afecta”).
As portuguesas e os portugueses (dito por um certo político especialmente execrável isto soa a "as put'guesas e os put'gueses")...
"Prontes".
Vamos para a mesa que o comer está feito.
Proactividade.
Implementar.
Considero de que...
Responda ASAP, por favor - ou talvez please (contribuição de Funes).
E quando assim é... (contribuição de Saphou).
Proponho aliás a constituição de um "think tank" para analisar esta questão (contribuição de Ega).
Então
é assim... (contribuição de Maria - é uma variante do "bom, isto é assim", igualmente execrável, para não variar).

Nota: em actualização permanente - há tanto imbecil a debitar inanidades que desconfio que a lista vai crescer rapidamente.