domingo, 31 de outubro de 2010

500 milhões de incompetência

Este cara de pau com lata para dar e vender, queixa-se de que o acordo com o PSD para viabilizar o Orçamento vai importar numa despesa de 500 milhões de €.
Se tivesse vergonha no frontispício deveria atentar numa realidade evidente: foi a incompetência do governo a que pertence que permitiu derrapagens orçamentais monumentais (só em 2010 foi de 1.800 milhões) e foram tais derrapagens que levaram à situação aflitiva em que nos encontramos hoje - no meio da sua enorme incompetência, 500 milhões nem é assim tanto dinheiro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Inflexível



Comentário: pena é que não tenha demonstrado inflexibilidade nenhuma quando se iniciaram as monumentais derrapagens orçamentais ocorridas durante o seu mandato...

Orçamento da raiva

Diz quem sabe (e explica porquê) que o Orçamento que Sócrates quer impor ao País foi feito com raiva e sobretudo com desleixo, significando com isto falta de cuidado.
Parece-me também que sim: num País que está a tentar reduzir despesas é inimaginável que os gabinetes ministeriais aumentam 15 e 20% o seu orçamento anual, é inimaginável que se cative uma verba de 300 milhões de euros para "publicidade", é inimaginável que se cativem milhões de euros para "seminários".
De onde ressalta uma conclusão: Sócrates pretende mesmo partir a corda, não está interessado em consensos e em qualquer acordo com o PSD ou com outro partido qualquer; quer eleições forçadas.
As reuniões havidas com o PSD para "tentar salvar o Orçamento" foram desde o início uma encenação - eles sabiam que as conversações iam falhar.
Tinha escrito antes que mais uma vez o PSD caiu na "esparrela" de acreditar na boa fé dessa gente, mas resolvi alterar o post.
De facto, o próprio PSD também não é flor que se cheire: pela mão de Cavaco Silva foi o grande obreiro das oportunidades perdidas dos anos oitenta do séc. passado, em que diariamente entravam milhões vindos da Europa, sem que o País se desenvolvesse coisa que se visse, para além de obras do betão - auto-estradas e o Centro Cultural de Belém.
Mas aquilo que o PSD fez não desculpa a derrocada despesista dos anos de Guterres e de Sócrates.
Culminar um consulado com um Orçamento feito à pressa, desleixado, descuidado, fortemente penalizante para quem já tem pouco e de enorme largueza despesista para quem já tem tanto (clientela partidária), é uma marca indelével que Sócrates deixará no País, como o pior Primeiro-Ministro que Portugal conheceu desde o 25 de Abril.

sábado, 23 de outubro de 2010

Ouvido na rádio

Sobre Sócrates: é bom jogador, joga até muito bem, o único reparo é que está a jogar com o futuro da País.

Comentário: não seria mais curial que o homem se dedicasse ao poker ?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Orçamento-Vigarice-Prisão

A Tia Manuela é que lhes canta bem, com sermão e missa cantada:
Manuela Ferreira Leite foi esta semana muito dura na apreciação do Orçamento do Estado para 2011, considerando que «quem fez esta vigarice devia ir preso».
«Este Orçamento é uma vigarice e os seus autores mereciam ser presos», disse na reunião do grupo parlamentar, em que, apesar disso, insistiu na defesa da abstenção. E a antiga líder não foi a única no partido a mostrar aberta discordância com Passos Coelho.
(In Sol).

Comentário: ainda não perdi as esperanças de ver a profecia concretizada.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um país de bananas...




Portugal é "Um país de bananas governado por sacanas", dizia o rei D. Carlos, citado por Carlos Abreu Amorim no Jornal de Notícias.

Um rei que assim definia Portugal era sem dúvida um homem lúcido.

E eu começo a pensar se a monarquia não teria as suas virtualidades.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os ataques do Governo às magistraturas

Sem papas na língua:
João Palma no CM:
Nas duas últimas semanas, nas várias reuniões no Ministério da Justiça, o que vimos foi um Governo em permanente alteração de rumo, mas sempre com o propósito de voltar a atacar os magistrados, retomando o discurso dos "privilégios". Chegou a apresentar como definitiva uma proposta que reduzia cerca de 30% dos vencimentos dos magistrados. Só dos magistrados!
(...)
Uma coisa é certa: não poderão continuar a ser os magistrados e oficiais de justiça, trabalhando dia e noite, a sustentar um Sistema de Justiça que este Governo está determinado em afundar. Privilegiados? O seu único privilégio é a nobreza do seu serviço.

António Martins no CM:
“Juízes estão a pagar factura do processo ‘Face Oculta’”
O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), António Martins, acusou esta segunda-feira o Governo de estar promover cortes na classe devido ao seu trabalho em processos como o “Face Oculta” e “outros anteriores”.
“Estamos a pagar a factura de ter incomodado, nas investigações e no trabalho jurisdicional que fazemos, os ‘boys’ do Partido Socialista. Estamos a pagar a factura do processo ‘Face Oculta’ e de outros anteriores”, acusou António Martins, em declarações à agência Lusa.

Magistratura mendiga

Crónica de Eduardo Dâmaso no Correio da Manhã:

Em termos práticos, na fase de inquérito, a ‘magistratura mendiga’ enfrenta 2011 com menos dinheiro para salários, admitir novos quadros, remunerar peritos, fazer deslocações, reforçar a informática, mobilizar outros meios que as investigações exijam, alguns deles muito caros, como traduções e outros trabalhos. Os próprios tribunais vão enfrentar todo o tipo de problemas em matéria de funcionamento.
O desafio que se coloca aos profissionais da Justiça é, portanto, duríssimo. Para quem já se debate há anos com enormes dificuldades para manter o sistema a funcionar em níveis de dignidade e resultados compatíveis com uma ideia de Estado de Direito, daqui para a frente a missão é quase impossível. Desde logo porque, como disse também Maria José Morgado, o estado a que chegámos está directamente relacionado com uma corrupção endémica. E essa, daqui para a frente, será ainda mais difícil de combater. Sem salários dignos e sem meios não há milagres que valham a uma Justiça, ela própria mendiga há muitos anos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ninguém me convence...

Ninguém me convence que este governo é gente séria enquanto não for adoptado o sistema Linux como sistema operativo padrão para todos os computadores dos profissionais do Estado e da função pública em geral.
Com efeito, é uma verdade consabida que o Linux é gratuito e as aplicações para Linux são igualmente gratuitas – em especial as que estão ligadas a operações de texto e cálculo, abrangidas no Open Office para Linux, um excelente programa que não fica nada a dever ao Office do Windows.
O Linux foi adoptado para os departamentos públicos de países como a Alemanha e a China.
Apesar disso, os responsáveis políticos e administrativos portugueses continuam a preferir o uso do Windows e a pagar milhões em direitos à Microsoft para o fazer.
Agora que estamos em período de fortíssima contenção de despesas, seria uma excelente altura para que todo o software da administração pública migrasse para o sistema Linux.
É gratuito, a descarga é simples e a sua utilização não implica conhecimentos especiais de informática.
Repito, por isso: ninguém me convence que este governo é de gente séria enquanto o sistema Linux não for aprovado como sistema padrão para todos os departamentos públicos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Sócrates - O Antes e o Depois

Palavras para quê ? É um artista português...

Estado deixa de comprar carros

O Estado e as empresas públicas deixaram de comprar carros em virtude das novas regras de contenção orçamental.
Coitados ! Pobre gente ! Vão ter que se governar coms os BMWs e os Mercedes topo da gama comprados há mais de 6 meses !
Realmente, custa muito ser patriota.

Lema do "Estado Social"

Estado Social é a variante portuguesa do forrobódó socialista e o seu lema é:

Para os amigos
tudo, para os inimigos nada, quanto aos restantes, cumpra-se a lei !

Renúncia


Eu renuncio!

Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir.
Assim:
Renuncio a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;
Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e áquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;
Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;
Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;
Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu auferirei quando estiver a cair da tripeça;
Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;
Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado para eles transfere, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;
Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma mesmíssima medida do corte nas transferências;
Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, agora nas mãos de um qualquer grupo privado;
Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, bem sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;
Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes.
Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do que sacrificio que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade.
Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.
Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da empresa Estradas de Portugal.
Seria fastidioso alongar-me nas coisas que o Estado criou para o meu bem estar e que me disponho a não mais poder contar. E lanço um desafio aos leitores do 4R : renunciem também! Apoiemos todos, patrioticamente, o governo a ajudar o País nesta hora de aflição. Portugal merece.

Comentário: estou de corpo e alma com este patriótico esforço; renuncio igualmente a todas as mordomias de que fala o excelente post do 4ª República; direi mesmo que faço questão de renunciar.