quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Hoc est simplicissimus

Citando de memória:
Aureliano Buendia tinha-se tornado um erudito, mas estava louco.
O filho, avisadamente, prendeu-o a uma árvore tentando limitar as aventuras daquele progenitor problemático.
O padre da aldeia passava ali frequentemente e conversava com Aureliano.
Um dia o padre não resistiu à curiosidade e perguntou-lhe porque estava preso a uma árvore, ele, pessoa erudita e sabedora.
"Hoc est simplicissimus", respondeu-lhe Aureliano - "porque estou louco".

A estupidez e a inteligência

A estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência; a inteligência tem os seus limites, a estupidez não.
Claude Chabrol

Chabrol desenvolveu este pensamento profundo e sentido porquê ?
Muito simplesmente, porque o objecto da sua curiosidade era uma mulher. E que mulher !
Z'avez raison, M. Chabrol ! Assim qualquer um pode achar a estupidez "fascinante" !


Gatinho literato

Ora vejam bem o que me havia de calhar na rifa: tenho um gatinho que gosta tanto do Gabriel Garcia Marquez como eu, e gosta de tal modo que salta para a estante e aí se deixa ficar ao pé das obras do Mestre - aqui na foto ao lado escolheu "O veneno da madrugada", só para me chatear, porque sabia que eu ia tirar uma fotografia e gostava que ele desse um pouco mais de atenção aos "Cem Anos de Solidão".
"Ah, é para esse blog nefando que andas a congeminar ?", terá miado, "então contenta-te com esta singela fotografia, que eu não tenho pachorra para mais."
E ainda por cima, se repararem, o raio do bichano faz um focinhito de algum desdém, não se digna mirar a câmara e ainda por cima é menino para logo a seguir vir pedir comidas ou petiscos variados, como se nada se tivesse passado; eu acho que ele lê às escondidas as obras pecaminosas que constam na minha biblioteca...

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Cem anos de solidão

Aqui começa nova aventura.
A aventura da palavra sem autoridade para além do seu conteúdo.