segunda-feira, 30 de março de 2009

Chique a valer

Domingos Névoa, o empresário que foi condenado por tentativa de corrupção do veredor da Câmara de Lisboa José Sá Fernandes, acaba de ser nomeado presidente da empresa intermunicipal "Braval", detida em 2/3 pela Câmara Municipal de Braga.
Confirma-se: está aqui, no Diário do Minho.
Eu até estou engasgado – remeto para os comentários constantes nos blogs indicados.

E o aspirador ?

Um polícia norte-americano apanhou um homem a ter relações sexuais com um aspirador, numa estação de lavagem de carros.
O sujeito em causa foi condenado a prisão por fazer sexo com o dito aspirador.
Vem no Jornal de Notícias.

A pergunta óbvia é: e o aspirador, safou-se ?

domingo, 29 de março de 2009

Frases geniais

O cérebro é uma coisa maravilhosa...Todos deveriam ter um - não descobri a autoria, mas tiro-lhe o chapéu.

Essa bola eu não apanhava nem que tivesse dois pulmões - defesa central de uma equipa de futebol lusa.

sábado, 28 de março de 2009

Steeleye Span



Que frescura ! Há quanto tempo não ouvia isto - e que falta que me fez.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Stairway to Heaven



Bela interpretação do "Stairway to Heaven" em viola clássica, por Peo Kindgren

quarta-feira, 25 de março de 2009

Esta besta


Esta besta reafirma que câmaras de gás foram "um detalhe" da Segunda Guerra.
O que me impressiona é que este animal já foi merecedor dos votos de 15% dos franceses.

Autocracia Fascizante

(...) Uma Autocracia Fascizante medra melhor no embrutecimento e na superficialidade gerais. Foi o que foi promovido largamente sob o nome mentiroso de 'reformas'. E esta legislatura, com os seus cortes em tudo e em todos, menos no apparatchik político do PS em Corte, colocado nas melhores tetinas do Estado, já mostrou de que matéria é feita, qual a sua consistência, por que zelos rendosos prioritários se rege(...)

Isto é o que consta no PALAVROSSAVRVS REX a propósito da política cultural do actual governo.
São palavras duras e chocantes, até porque não são de todo despropositadas.
É que o governo PS transformou o regime numa autocracia, sem dúvida nenhuma - o "posso, quero e mando, porque eu é que fui eleito" torna-se tristemente recorrente.
Mas... fascizante ?
O que é que caracteriza o fascismo "qua tale" ?
A bufaria ? o PS tem-na - e não é pouco.
A subida em flecha de lambe-botas por metro quadrado ? Idem idem, aspas aspas.
A polícia política ? Por enquanto ainda não há, mas já há super-polícias cujo papel não é de todo tranquilizador.
Resumindo: a democracia portuguesa, que Deus tem, já conseguiu transformar-se numa autocracia; se é ou não fascizante, a ver vamos.

terça-feira, 24 de março de 2009

Neil Young




Neil Young, mostrando um mundo miserável e cantando (espero bem que ironicamente) "Keep on rocking in the free world".

Um must.

Papel higiénico

Esta cidadã vai precisar de muito mais papel higiénico do que à partida pareceria necessário...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Gato escondido com rabo de fora


Sempre ouvi dizer que o bom jornalista é aquele que não é notícia, o que se apaga perante o mundo noticioso.
Parece que hoje já não é assim.
Ofuscados pela imagem que têm da sua importância, os jornalistas passam a ocupar cada vez mais o palco dos acontecimentos, a ponto de frequentemente não se saber onde acaba a notícia e começa o auto elogio narcisista.
E cada vez mais essa realidade é perceptível mesmo em pequenas coisas.
Veja-se o anúncio das entrevistas.
Dantes dizia-se que fulano ou beltrano deu uma entrevista assim assim ao jornal ou à rádio.
Pois os senhores jornalistas conseguiram dar a volta ao texto e hoje são eles que fazem o estrelato das entrevistas mesmo no seu anúncio: agora invertem os papéis mesmo em teoria e frequentemente vemos anunciada a entrevista do jornalista tal ao entrevistado tal.
Na TSF vemos com frequência o fenómeno: “não perca a entrevista de Paulo Baldaia e de João Marcelino ao Ministro fulano”.
Em vez de se anunciar a entrevista do Ministro ao jornalista, anuncia-se a entrevista do jornalista ao entrevistado.
Dir-se-á que é um pequeno erro, e talvez seja, mas é um pequeno erro que demonstra sem margem para dúvidas que para aquelas cabeças o importante é o jornalista, não o entrevistado e muito menos o conteúdo da entrevista.
Esta é uma pecha que já chegou aos profs. Universitários: veja-se este texto da Profª Fernanda Palma publicado no Correio da Manhã , onde se diz que “(...)O título que escolhi não é original: inspira-se no nome de uma colectânea de entrevistas de Marie de Solemne a autores importantes do pensamento filosófico e religioso, como Paul Ricoeur (...)”.
Dir-se-ia que a dita Marie de Solemne deu uma entrevista a Paul Ricoeur... mas terá sido exactamente o contrário.
É pena que quem tem a obrigação de se exprimir com rigor o faça assim.
Por este andar, ainda "há-dem" de escrever pior até isto bater no fundo.

domingo, 22 de março de 2009

O Papa e as camisas


A gritaria mediática à volta do Papa e dos preservativos já começa a meter nojo.
Nem conheço bem a opinião da igreja católica sobre o tema, embora tenha a ideia de que é uma orientação bastante conservadora.
Admito mesmo que seja perigosa, pois o não uso do preservativo pode levar a níveis perigosíssimos a difusão da sida e de doenças quejandas.
Mas circunscrever a mensagem papal às famigeradas camisinhas, parece-me uma monumental operação de desinformação, um enorme embuste.
Chateia-me sempre ver uma data de palonços a competir para ver qual deles é o politicamente mais correcto.
Ai, mas c'órror, o homezinho não pode com camisas !”
E isso é razão para ignorarem o resto da mensagem papal ?
Chiça, nem sequer sou católico por aí além, mas está-me a irritar este bafo que deitam estes e estas meninas politicamente correctos; e sabem a que é que cheira esse bafo, meninos ?
Paradoxalmente, cheira a sacristia.

sábado, 21 de março de 2009

Todas as tachas incluídas





Ao pé de VNMilfontes há um restaurante simpático que serve razoavelmente e cuja única particularidade é trazer nos cardápios a frase “Todas as tachas incluídas”.

Tal expressão impressiona-me pois até me parece que acabei de ser picado por uma tacha que quase me atravessa o dedo no momento da manipulação do menu.

Não deixa de ser interessante ponderar que o proprietário entende a fiscalidade como autêntico atentado à integridade física, daí a taxa ter-se transmutado em “tacha”.

Tem a sua poesia.

Ulan Bantor


Estou esmagado pela responsabilidade e pela globalização.
Acabo de verificar que passou por este blog um visitante de... Ulan Bator, Mongólia.
Nem nos meus sonhos mais delirantes eu iria imaginar que seria lido por um ilustre mongol, quem sabe, porventura um descendente daquele rapaz simpático que dava pelo nome de Gengis Khan...

Profissão honesta

Ser pianista num bar de alterne.

terça-feira, 17 de março de 2009

Funes e o poder

O meu amigo Funes el Memorioso é afinal membro de uma família ilustre que dá cartas em várias partes do mundo, como a Saphou bem descreve neste post. Consta que o Funes luso se prepara para abraçar uma carreira política entre nós. Tentando corresponder ao que se espera dos amigos, aqui deixo dois slogans para a sua campanha que, espero, esteja próxima:


segunda-feira, 16 de março de 2009

Pai

Se há coisa que me deixa com pele de galinha é a frase “já não tenho pai” ou “já não tenho mãe”.
Eu continuo a ter pai e mãe, embora ambos já cá não estejam.
Este post da Saphou comoveu-me e trouxe-me lembranças.
A morte do meu pai e mais tarde a morte da minha mãe foram para mim momentos de hecatombe, de caos tal que é difícil explicar.
O senhor meu pai faleceu em Janeiro e eu mergulhei numa onda de horror e angústia da qual só acordei 6 meses depois, em Julho, a fazer longas passeatas de bicicleta à beira mar.
Continua a acompanhar-me quase diariamente – e não estou a exagerar rigorosamente nada.
Habituei-me a pensar nele só com o imenso amor que lhe tenho e já não com a angústia e a sensação de perda.
É curioso, hoje já não tenho grande sensação de perda, porque frequentemente me sinto acompanhado por ele, a sua voz ressoa na minha cabeça e quase tenho a sensação de que se olhar para o lado vou ver o seu semblante calmo e carinhoso.
Eu não posso dizer que “já não tenho pai” - sempre o tive e sempre o terei.

Selecções musicais

Turn, Turn,Turn – The Byrds
California dreamin - The Mamas and Papas
If You Leave Me Now (1976) - Chicago

Nota
:
Volta e meia vou pondo aqui umas quantas canções que fazem parte do imaginário da minha geração, ou pelo menos de parte dela, sem tentar ser exaustivo, apenas para recreio da rapaziada que por aqui passa.
O critério é basicamente o da qualidade da gravação, embora com algumas concessões em virtude da respeitável idade de algumas delas.

sábado, 14 de março de 2009

Campanhas brancas

Há por aí alguns rapazes de serviço cuja função é difundir opiniões e notícias favoráveis ao querido líder.
Uma das explicações que eles dão para o facto de haver uma relevante antipatia de muitos sectores relativamente ao dito cujo querido líder é a seguinte: o querido líder, como verdadeiro homem de Estado, resolveu enfrentar os poderes cinzentos e subterrâneos da democracia, afrontando muita gente, que agora o odeia.
Enganam-se.
Não são propriamente as medidas do querido líder que o tornam alvo da antipatia.
É a forma como o fez, fatiando a sociedade em “corporações” a açulando a populaça contra as diversas classes profissionais, uma a uma: médicos, juízes, enfermeiros, funcionários públicos, etc., foram sendo, à vez, hostilizados e submetidos a barragens de contra-propaganda e ainda por cima sem direito a contraditório, pois os jornalistas em geral deslumbraram-se com o querido líder e com o seu vasto “programa de reformas”, que hoje, 4 anos depois, pouca gente tem dúvidas de que vale praticamente zero).
Nenhuma – nenhuma ! - reforma foi feita sem o recurso à diabolização dos profissionais que se queriam “reformar”, e isto cria um lastro de antipatia maior do que aquele que o querido líder consegue gerir.
Bem podem fazer campanhas brancas – já não recuperam a antipatia profunda e entranhada que milhões de pessoas contraíram relativamente ao querido líder – e aos queridos bonecos que o seguem cega e acefalamente.

Ao serviço de Sua Majestade

Os britânicos têm muita "proa" e alguns pergaminhos.
Mas têm cá cada esqueleto no armário...
Ora vejam esta: Reino Unido: inocente passou 27 anos na prisão.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Manuel Alegre e Passos Coelho

Um post do blog O cachimbo de Magritte, que está com muita piada:

Dupond e Dupont

Manuel Alegre está para o PS como Passos Coelho para o PSD.
A diferença é que Alegre escreve livros que ninguém lê e Passos lê livros que ninguém escreve.

Publicada por Pedro Picoito

:):):)

Não voto !

Hoje houve (aliás está a decorrer) uma eleição lá na minha chafarica.
Como sempre, desde há uns 10 anos, não votei, por me parecer irrelevante perder tempo com isso.
Perguntaram-me com alguma consternação a razão da minha atitude.
Respondi apenas “não voto”.
Mas porquê, perguntavam eles ?
Não explico, já nem isso, só tenho a dizer que
Não voto para as legislativas;
Não voto para as europeias;
Não voto para as autarquias;
Não voto para a profissão;
Não voto para o condomínio;
Não voto para a comissão de festas lá da parvónia;
Não voto para os blogs;
Não voto para sondagens;
Não voto para nada;
Não voto, não voto, não voto.
Tenho dito.
Quando a percentagem dos não votantes atingir níveis alarmantes - e já não anda longe - mesmo quem não quer, acabará por perceber.
Habituem-se, cambada de vígaros !
Actualização: ah, e ainda mais esta - recuso-me terminantemente a responder a inquéritos telefónicos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Custo da silent guitar

Para o meu visitante que anda à procura dos preços da silent guitar:
Em Portugal custa à volta de 450 €, uns 90 contos em moeda antiga.
Em Espanha, há 2 anos, o preço rondava os 500 €, provavelmente deve ter baixado, mas não tenho a certeza.
Vi uma à venda na Lismúsica, em Lisboa, não me lembro do preço, mas não deve andar longe dos valores indicados.
Desejo-lhe uma boa compra - e não se esqueça que a opção por cordas de nylon ou cordas de aço é crucial.
Sugiro que de caminho compre umas quantas pestanas (cavaletes) de osso, para "quitar" a viola nos moldes aludidos aqui.

terça-feira, 10 de março de 2009

Mulheres são mais resistentes à corrupção

Então não é que tudo indica que as mulheres são mais resistentes à corrupção do que os homens ?
Descobri isso aqui.
A minha surpresa foi a de que aceitei a coisa muito bem – nem fiquei surpreendido.
Depois, analisei-me: porque raio de carga de água é que não fiquei surpreendido ?
A resposta a tal indagação is blowing in the wind, há-de aparecer por aqui mas por enquanto anda a assobiar alhures.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O jogo do anjo


Já escrevi aqui sobre Carlos Ruiz Zafón e a sua obra “A sombra do vento”.
Os seus cenários radicam preferencialmente em Barcelona, onde o mistério e a magia se podem fundir.
Comecei há pouco a ler “O jogo do anjo”, também centrado em Barcelona, onde um jovem escritor ensaia a vida.
Tão bom como o anterior: Zafón escreve muito bem, a sua escrita é densa e envolvente, o pormenor é tratado com toda a deferência.
Recomendo vivamente a sua leitura, para quem goste do género.

Qual o jeito certo de colocar o cavalete na guitarra ?

Vi esta pergunta feita por um leitor e, como sei a resposta, passo à matéria:
Por tentativa e erro, meu caro leitor.
Antes do mais, note que normalmente os cavaletes, mesmo de boas violas, são feitos em plástico.
Há no mercado cavaletes em osso bastante bons e baratos.
Compre 4 ou 5.
Verifique a altura do cavalete de origem: imaginemos que tem 5 milímetros.
Pegue num dos cavaletes de osso e desbaste-o até ele apresentar uma altura de 2 ou 3 mm.
O desbaste pode ser feito através de uma lima ou de uma lixa grossa e – claro ! - tem que ser feito com cuidado; convém usar um torno que fixe bem o cavalete, mas não é essencial.
Experimente o novo cavalete: se o som satisfizer, óptimo, nada mais há a fazer.
Se a viola der som de “lata”, o cavalete está demasiado baixo.
Pegue no segundo cavalete de osso antes comprado e desbaste-o até ele ficar com a altura de 3,5 mm ou de 4 mm.
A ideia é baixar o cavalete ao máximo possível antes de o som da viola ser prejudicado: conseguirá que as cordas fiquem muito mais perto da escala, proporcionando novas oportunidades de evolução no manejo da viola.
Em princípio, quanto mais alto for o cavalete, melhor será o som e mais difícil será a acção do guitarrista, uma vez que as cordas estão longe da escala; o que se pretende é facilitar a acção do guitarrista sem prejudicar a qualidade do som.
Cada viola tem a sua altura óptima, a encontrar, como digo acima, por tentativa e erro.
Aditamento: tenha-se em atenção que os cavaletes variam muito consoante as cordas da viola são de nylon ou de aço.
Muitas vezes as violas folk (aço) trazem um veio de metal dentro do braço, ajustável através de uma chave sextavada, que permite ao utilizador sem grandes complicações subir e descer a escala.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Dicas para violas – II – violas electro-acústicas

Costumo designar por viola electro-acústica aquela viola que tem caixa e pode ser ouvida só por si, mas tem também uma ligação para um “jack” que a leva a um amplificador.
O sistema de electrificação que conheço é o “Fishman”, que consiste num kit adaptável a qualquer viola acústica de caixa, que lhe proporciona uma entrada de “jack”.
Há muitas electro-acústicas de origem – há uns anos o padrão máximo de qualidade dessas violas eram os modelos da “Ovation”- mas hoje há os mais variados modelos das mais variadas marcas, todos com qualidade.
Noto, porém, um padrão de alguma sobranceria dos fabricantes relativamente às electro-acústicas de cordas de nylon: quase nunca têm electro-acústicas topo da gama, reservando esse lugar às violas só acústicas.
A solução, para se ter uma electro-acústica topo da gama, é comprar a acústica super top e depois mandar colocar-lhe um “Fishman” por quem saiba fazê-lo, juntando-se o melhor dos dois mundos (há hoje amplificadores de extrema fiabilidade, com efeitos incorporados – reverb, chorus, delay – que conseguem expandir o som com níveis de qualidade espantosos, emulando o som de estúdio de uma forma surpreendente).
Quanto às electro-acústicas de cordas de aço, há no mercado uma série de boas violas com preços razoáveis – Gibsons, Fenders, Epiphones, etc.
Nestas, como noutras violas, é importante que o espaço entre as cordas e a escala seja mínimo.
Ora acontece que normalmente o cavalete (ou pestana de cima) de origem é muito alto, o que eleva a altura das cordas; em quase todas as minhas violas tenho aplicado um cavalete/pestana de osso, desbastado por mim, mais baixo que o original, com resultados razoáveis (há no mercado cavaletes/pestanas em osso por preços acessíveis, é possível sacrificar um ou dois antes de atingir a altura ideal).

Dicas para violas



Tenho verificado que muitos dos meus visitantes vêem aqui para saber de violas.
Aqui vão umas dicas para quem quer comprar uma.

Antes do mais, se é principiante, comece com uma viola de cordas de nylon, que são menos agressivas e fazem calo na mesma, mas demoram mais tempo a fazê-lo.

Em Portugal hoje em dia compra-se uma viola razoável para principiante por uma quantia que ronda os 60 a 80 €.
Por 200 ou 300 € já se compra uma boa viola de marca – recomendo a Alhambra, que nos seus modelos de média gama apresenta alguns bastante bons.
A viola de cordas de nylon é também aconselhável para dedilhados e – claro ! - para peças de viola clássica.

Se pretende dedicar-se mais a folk, rock e em geral música moderna, então a boa opção é uma viola de cordas de aço.

Quer as cordas de nylon, quer as cordas de aço têm várias graduações de espessura - quanto mais grossas são as cordas maior é o calibre das ditas – podem ser heavy, strong, normal, light, super-light e extra-light.
Normalmente para cada viola há um calibre de cordas mais adequado – na dúvida, escolha cordas de tensão média ou baixa (light ou extra-light).

Atenção: em violas normais não convém colocar cordas muito tensas ou de calibre muito forte, porque podem levar o braço da viola a empenar (muitos braços não estão construídos para suportarem tensões elevadas, daí os cuidados a ter) – é escusado dizer que se uma viola empenou o braço, o melhor é dá-la a uma criança da família para ela rebentar porque deixou de ter qualquer valia como instrumento musical.

Hei-de voltar ao tema para tratar de violas electro-acústicas e eléctricas tout court, tipo “bacalhau”.

quarta-feira, 4 de março de 2009

La Palisse


Após a morte do Senhor de La Palisse, houve quem assegurasse que o mesmo, pouco antes de morrer, estava vivo.

Li algures esta boca na blogosfera.
Acho que está impec.

Clique na imagem para ler os deliciosos versos que lá constam.

Finalmente


Finalmente uns saldos com preços decentes !
Se os comerciantes das outras áreas tivessem o dinamismo, a vontade de vencer e o
profissionalismo do dono desta loja, há muito que a crise estaria totalmente debelada
.

terça-feira, 3 de março de 2009

A bloguização da comunicação social

Um texto de Pacheco Pereira que me parece muito lúcido - aqui.

Partido ou clube de fãns ?


(...)Ao fim de quatro anos de maioria absoluta, o PS deixou de ser um partido para se transformar num conjunto de figurantes que, de tempos a tempos, serve para ornamentar a actuação do Governo e os grandiosos anúncios lançados pelo primeiro-ministro. E, como se compreende, não compete aos figurantes suscitar dúvidas, apresentar críticas ou levantar questões. Os figurantes, em certa medida, fazem parte do cenário: estão ali para bater palmas, para agitar bandeiras e para manifestar ruidosamente a sua imensa devoção ao chefe.(...)
Constança Cunha e Sá, no Correio da Manhã

Foto CM.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Copianço

O meu amigo Coutinho Ribeiro escreveu aqui uma divertida história sobre um dia que copiou num exame e foi apanhado.
Lembrei-me da minha nunca suficientemente digerida história com a bela Cecília, minha colega do 7º ano, nos finais dos anos sessenta.
Cá vai:
A Cecília era gira, o suficiente para me fazer magicar formas de aproximação mais ou menos interesseiras; acho que estava numa alínea diferente da minha, mas tínhamos algumas cadeiras comuns e o Latim era uma delas.
Constava que ela era uma barra – e eu era um nabo de primeiríssima categoria, fazia traduções e retroversões inenarráveis de textos do Virgílio e do Ovídio (cheguei a fazer uma tradução da Guerra de Tróia como sendo um... casamento – mas nem vou falar desses despautérios, senão nunca mais saímos daqui).
Chegou o dia do exame e lá fui.
Qual não é meu espanto e agrado quando descubro que a boa da Cecília tinha calhado mesmo ao meu lado – aproveitando e abusando, copiei que nem um leão pelo ponto da moça, que foi impec e me deixou copiar à vontade; a certa altura, com um sorriso aberto e apontando para os meus pés sussurou-me em jeito de pergunta: “isso é contestação ?”
Intrigado, olhei para os meus pés... e descubro que tenho uma peúga azul e outra roxa a atirar para o rosa choque !
Claro que eu é que fiquei chocado.
Caiu-me a alma aos pés – tinha-me levantado muito cedo e na semi-obscuridade do meu quarto (não abria a luz para não incomodar os meus dois irmãos), enfiei uma peúga de cada nação e nesses tristes preparos venho a ser descoberto pela bela Cecília !
Nunca mais pude olhar para ela, não sei se por vergonha, se por ela me lembrar sempre uma peúga.
Bom, mas a história acaba bem: tive 16 na cadeira e dispensei da oral.
Por causa desta história semi-macabra, nunca gostei do “Cecilia” do Paul Simon, saído mais ou menos por essa época, salvo erro no álbum “Bridge Over Troubled Water”.
Quanto à Cecília propriamente dita, nunca mais a vi.

domingo, 1 de março de 2009

Autismo político

Certos rituais colectivos são em si mesmos portadores de notícias, muitas vezes não necessariamente aquelas que os seus protagonistas pretenderiam.
Estou-me a lembrar, por exemplo, de que pouco antes do 25 de Abril os principais chefes militares prestaram a Marcello Caetano uma espécie de juramento de fidelidade, pretendendo dar com isso a ideia de que o regime estava mais sólido do que nunca (generais e almirantes que mais tarde se viram apelidados de “brigada do reumático” pelos mais jovens militares que fizeram o 25 de Abril uns meses depois).
A cerimónia, que pretendia ser uma manifestação de vitalidade e fidelidade das forças armadas acabou por ser historicamente (hoje ninguém o contesta, penso eu) o prenúncio de que a situação então já existente era a oposta – nesse mesmo período já o MFA ultimava os preparativos do golpe que derrubou a ditadura, e esta já tinha os dias contados.
A cerimónia de unanimismo e aclamação do querido líder proporcionada pelo congresso do PS deste fim de semana revela que quase não existiu debate, o sistema de escolha dos delegados ao congresso era indiferente – porque o essencial estava escolhido e assumido antes do mesmo congresso – as ideias força foram de uma pobreza franciscana e praticamente limitaram-se à retórica de ser indispensável uma nova maioria absoluta do PS para proporcionar a esse estadista extraordinário que é Sócrates a oportunidade de liderar o país nesta época de crise que vivemos.
É pouco, é mesmo muito pouco.
Parece que os corifeus do PS já concluíram que o debate de ideias é supérfluo, o que interessa é convencer o eleitorado a votar neles.
Isso é seguramente um mau sinal para o PS: significa que os seus dirigentes já estão completamente fora da realidade e parecem convictos de que o eleitorado se convence com duas cantigas – a cantiga da crise e a cantiga da maioria absoluta e da governabilidade.
O autismo induzido pelo prolongado exercício do poder fá-los dar como adquirido aquilo que ainda está em disputa, e isso é um primeiro e poderoso passo para virem a ter uma enorme e desagradável surpresa nas noites das eleições que aí vêm.
A ausência de alternativas apresentada como uma prova da inevitabilidade do governo do PS é uma falácia: não só a líder do PSD Manuela Ferreira Leite é um “osso” muito mais duro de roer do que a pintam os “spin doctors” socialistas, como a emergência de um líder ganhador na área do centro direita (porventura até com o apoio da actual dirigente) é uma hipótese que parece estar a ser descartada com demasiada facilidade.