sexta-feira, 11 de maio de 2007

Contos Estelares – XIX

Finalmente um planeta habitável... e habitado

A Poseidon foi envolvida num raio tractor espacial e transportada para a superfície do planeta, onde poisou suavemente; no decurso da operação os operadores de Terminus tranquilizaram os astronautas, enviando-lhes todos os sinais de que eram pessoas de bem e não queriam fazer mal a ninguém – muito menos àqueles astronautas em concreto, como explicaram.

“Não sabia quem vocês eram, mas sabíamos que estavam para vir e que serão importantes no desenvolvimento do projecto Fundação”, disse Greg, um dos responsáveis do planeta Terminus, perante o pasmo dos astronautas.

A explicação não era no fundo muito complicada: a ciência inventada por Hari Seldom, a psico-história, permitia prever com alguma margem de exactidão o futuro; Hari Seldom estava morto há mais de 200 anos, mas os seus vídeos continuavam sempre a aparecer no auditório da universidade de Terminus, com regularidade.

Uma semana antes de cada aparição um aviso automático começava a alertar os principais responsáveis da Fundação, por forma a que no dia e hora da aparição eles estivesse reunidos no auditório, onde sacramentalmente à hora marcada aparecia o écran com o rosto de Seldom, que começava a falar e a explicar o que se estava a passar.

Os homens da Fundação resolveram mostrar o último vídeo de Seldom aos astronautas, para que estes melhor compreendessem.

O écran acendeu-se e apareceu o rosto de um homem na fase final da vida, com ar cansado mas com um iniludível brilho de inteligência.

“Sou Hari Seldom”, disse calmamente a figura.

“Quando este vídeo for visionado já eu terei morrido há cerca de 200 anos; sei que estou a falar para habitantes do planeta Terminus e responsáveis do projecto Fundação.

Como já expliquei anteriormente, a psico-história consegue entrever as grandes linhas do futuro, desde que usada de forma racional e científica.

Trantor, o nosso planeta de origem, está neste momento em plena barbárie; há muito que se esqueceram que Terminus existe e ainda bem, pois assim jamais terão a tentação de vir aqui buscar os conhecimentos que nós arquivamos sistematicamente há muito e que neste momento em toda a Galáxia conhecida só nós, em Terminus, possuímos – todos os outros mundos habitados caíram na barbárie e são dominados por senhores da guerra à moda antiga, com a diferença de que actualmente dispõem de armas nucleares em vez de espadas e lanças.

Aproxima-se uma crise, daquelas a que há muito são conhecidas por “crises seldom”.

Como se lembrarão, na última crise foram obrigados a usar as armas do super-conhecimento tecnológico para travar as tentativas de invasão de vários senhores da guerra que cobiçavam Terminus; como vos expliquei, bastou enviar um sinal do vosso “phaser” para a armada mais próxima, que ficou imediatamente sem energia – o phaser absorve completamente a energia dos locais onde se projecta, “chupando-a” de todas as fontes, com as vantagens de, por um lado, paralisar qualquer adversário, e por outro, de arrecadar mais algumas quilotoneladas de energia para uso pacífico no planeta.

Segundo as últimas equações que resolvi, há toda a probabilidade de um mundo muito distante, habitado por humanos, sofrer a implosão do seu sol; muitas naves espaciais serão enviadas por esses humanos, procurando mundos habitáveis; há 98% de probabilidades de uma dessas naves entrar na área próxima de Terminus e ser imediatamente detectada; os humanos que viajam nessa nave têm uma poderosa tecnologia que utiliza um motor especial que atinge várias vezes a velocidade da luz; Terminus precisa dessa tecnologia e precisa urgentemente de actualizar as suas bases de dados relativas ao avanço da ciência humana desse longínquo planeta; procurem cativar esses astronautas e convidem-nos a ficar a viver em Terminus; insistam que podem vir todos os humanos que deixaram para trás; pelas minhas equações por esta altura ainda Terminus não está habitado a mais de 10% da sua capacidade; mesmo que sejam alguns milhões, esses humanos terão todos lugar em Terminus –penso em qualquer caso que não serão mais de 100 ou 200 mil, porque tudo leva a crer que saíram do seu planeta natal à pressa para fugir da implosão solar.

Tenham em atenção que muito provavelmente esses humanos vêm de uma sociedade marcadamente matriarcal – as mulheres estão habituadas a mandar só porque são mulheres e são especialmente perigosas quando se aliam entre si e adoptam uma causa comum; pensam que o facto de usarem “soutien” é uma dádiva da natureza que as faz insubstituíveis nas tarefas de comando e definição de estratégias.

Tenham cuidado com elas – são perigosas, mas oferecem muitas compensações, que escuso de vos estar a detalhar”.

Hari Seldom calou-se; o écran foi escurecendo até a figura desaparecer e as luzes do auditório acenderam-se.

Os homens e mulheres da Fundação rodearam os astronautas quase carinhosamente, pois sabiam da sua história recente antes mesmo de eles a contarem.

“Estejam descansados, poderão ficar para sempre em Terminus”, disseram-lhes.

(continua)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Por estas e por outras


É por estas e por outras que convém ter um apurado sentido de respeito pela autoridade policial.


Haja Deus !


Clique na imagem para compreender melhor a ideia.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Eleições presidenciais francesas

Ganhou Sarkozy.
Se tivesse ganho Segolène, estou convencido que a diferença não seria grande.
O que é preciso é que todos façam o favor de ser felizes...

terça-feira, 1 de maio de 2007

Sarah Mclachlan

Esta senhora é incontornável.

Canta como uma deusa, toca lindamente piano, é bonita, tem um
feeling dos demónios - é só qualidades.

Apanhei no You Tube uma versão do
I Will Remember You que vale a pena ouvir.

Se quiser ter uma ideia geral dos trabalhos desta diva, clique aqui.