sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Bernat, Arnau e Jonet

Estou a ler um livro que me fez deitar uma lágrima de emoção.
Falarei em geral sobre ele depois de ter acabado de o ler.
Para já, li uma parte que me deixou comovido:
Estamos em Barcelona, Idade Média, nela vive Bernat, um camponês inteligente que se emancipou e foi viver para a cidade, e o seu filho Arnau, de 8 anos.
Arnau brinca em Barcelona e faz um amiguinho, Jonet, um puto com menos 2 anos que ele.
O pequeno Jonet é filho de uma mulher adúltera, o seu pai biológico foi assassinado e o marido de sua mãe recusa-se a reconhecê-lo como filho.
Depois de algumas peripécias, Jonet, que inveja Arnau por ter um pai, chega à presença do pai do amigo, no meio de uma multidão; alguém diz que ele e Arnau são ambos filhos de Bernat e o puto olha, suplicante, para Bernat, com medo de ser rejeitado.
Bernat, um homem bom, olha-o nos olhos e pergunta-lhe: “queres ser meu filho ?"
E o miúdo, sem palavras, agarra-se à perna de Bernat e fica ali agarradinho sem dizer palavra, colando-se àquela perna com a força e o amor com que agarrava o mundo todo.
Nesse dia Bernat compreendeu e aceitou que tinha dois filhos. 

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