quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Eurico, o presbítero

Acabo de o reler.
Maravilhei-me com as pequenas nuances que Herculano dá à sua prosa, gerindo-a com cuidado, maestria e sabedura.
Ele próprio no posfácio diz que não sabe classificar o livrinho, que não é seguramente um romance histórico.
O meu problema é que ele se enquadra perfeitamente na minha acepção de romance histórico: uma história romanceada referida a um tempo histórico bem determinado (o tempo em que a península estava a ser invadida pelos muçulmanos comandados por Tariq, estando o império visigótico a cair aos pedaços), tempo histórico esse que é determinante para o desenvolvimento da trama romanesca.
(A propósito, descobri uma livraria aqui próxima de casa que faz saldos de livros frequentemente, volto e meia vou lá e faço um “raid” – o Eurico custou-me 1 euro, imaginem !)

2 comentários:

  1. Boa noite!
    Quando eu morava em Salamanca gostava de ir até uma livraria de saldos e livros velhos. Foi de essa maneira que conhecí a editorial Losada, nessa altura já desaparecida, e livros raros e curiosos. O tempo e as mudanças fizeram que a maior parte desses livros foram para o caixote do lixo.

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  2. Adoro este livro.
    Da estória da Ermengarda e do seu romance. Do grito : " Por Covadonga"... sei lá...
    Gosto deste livro.

    -Mil e uma coisas, tudo e nada, tudo num enorme turbilhão…o amor, a guerra, Eurico tornado cavaleiro, negro…. os árabes, o grito de guerra :”Por Alá”!!!
    A magia desses que ainda hoje alguns chamam infiéis…… o fascínio dessa civilização…o fundamentalismo… o amor…a honra…a pátria…o homem com todas as suas fraquezas com toda a sua carga humana… a crueldade e o requinte de uma civilização que chegou ao fim de um século e inicia outro com a revelação da descoberta do código, da fórmula do homem…o homem que continua a gastar dinheiro para destruir e em contrapartida faz tudo para preservar.
    .................
    Xiiiiii
    Vou regressar aos crocodilos!

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